História da Igreja

Schillebeeckx, Edward (1914-)

Nasceu em Amberes em 1914 e entrou para os dominicanos em 1934. Estudou no Studium Generale dominicano de Le Saulchoir e na Sorbonne de Paris. De 1953 a 1957, foi professor de estudo dominicano em Lovaina, de onde pas-sou a professor de teologia dogmática na Univer­sidade de Nimega (Holanda).

O estudo e a atividade de Schillebeeckx res­ponde aos princípios da “nova teologia” iniciada em Le Saulchoir. Plenamente empenhado na re­novação e “aggiornamento” da Igreja. Seu traba­lho consistiu “em repensar a fé tradicional em função da situação presente no mundo”. Foi o te­ólogo assessor do episcopado holandês no Con­cílio *Vaticano II. Depois foi consultor do epis­copado holandês nos anos que seguiram ao Con­cílio, em que a Igreja da Holanda submeteu-se a uma profunda revisão. Em 1965 fundou, com outros teólogos, a revista internacional de teolo­gia “Concilium”, sendo também um dos princi­pais inspiradores do Novo Catecismo holandês (1966).

Sua numerosa obra escrita pode ser encontra­da na revista “Concilium” e em outras revistas especializadas, e em obras de grande impacto e difusão não só entre teólogos, mas também entre

o público dos diferentes idiomas cultos. Como a de *Küng, *Rahner, De *Lubac, *Häring e ou­tros, sua obra escrita transcendeu a cátedra e os círculos especializados para passar aos diversos setores da sociedade. Citamos algumas de suas obras: A economia sacramental da salvação (1952); Maria, Mãe da redenção (1954); Cristo, sacramento do encontro com Deus (1958); Deus, futuro do homem (1965); Mundo e Igreja (1966); Compreensão da fé: interpretação e crítica (1972); Jesus. Uma tentativa de cristologia (1974). Dois tomos sobre A Igreja de Cristo e o homem de hoje segundo o Vaticano II reúnem sua contribuição para as revistas especializadas.

Desde 1968, Schillebeeckx é objeto de obser­vação e de críticas por parte da atual Congrega­ção para a Doutrina da Fé. Em 1979 foi chamado a Roma para depor diante dela. “Os dogmas, se­gundo Schillebeeckx, têm um sentido dentro de uma perspectiva histórica determinada e utilizam noções tomadas de uma cultura particular.” Essa historicidade leva-o a reinterpretar os dogmas, levando em conta as condições da existência dos homens. Por isso, a ortodoxia só é plenamente possível sobre a base de uma “ortopráxis”: é na prática efetiva da Igreja que se realiza uma nova compreensão da mensagem da fé. A unidade de uma mesma fé e de uma mesma confissão só é reconhecível na “pluralidade de opiniões teoló­gicas”. E o “que é verdade para o teólogo, o é também para cada crente”. Num mundo seculari­zado, “Deus manifesta-se normalmente sob a for­ma de ausência”. Ao abordar os problemas do ponto de vista histórico, aplica-os também Schillebeeckx à figura de Jesus, cujo estudo tem­lhe valido duras críticas. (*Teologia atual, Pano­rama da).

BIBLIOGRAFIA: Revelação e teologia; O matrimônio

— realidade terrestre e mistério de salvação; Maria, mãe da redenção; Deus e o homem; Cristo, sacramento do en­contro com Deus; La historia de un viviente. Cristiandad, Madrid 1981; Cristo y los cristianos. Cristiandad, Madrid 1982; El misterio eclesial. Responsables en la comunidad cristiana. Cristiandad, Madrid 1983. 

 

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