História da Igreja

Lubac, Henri de (1896-1991)

É considerado um dos principais representan­tes do pensamento religioso contemporâneo. Seu campo de preocupação e estudo vai desde os *pa­dres da Igreja à teologia medieval e ao ateísmo contemporâneo. Especializado em temas da Igre­ja, é fundador com Daniélou da coleção de textos cristãos “Sources chrétiennes”. Em 1967, rece­beu o “Grande Prix” católico de literatura, dando a conhecer ao grande público a importância deste fundador de uma teologia aberta, em diálogo per­manente e positivo com as diversas correntes do pensamento moderno.

Nascido em Cambrai (França), entrou na Com­panhia de Jesus para atuar muito cedo como pro­fessor de Teologia Fundamental e História das Religiões na Universidade Católica de Lyon e na faculdade dos jesuítas de Fourvière. Suas quali­dades de escritor, sua grande erudição e a agude­za de seu pensamento cedo o levaram ao primei­ro plano da investigação teológica francesa. Ini­ciou sua produção com o ensaio Catolicismo, so­bre os aspectos sociais do dogma. Fruto de seu estudo da história da teologia patrística e medie­val é a criação de “Sources chrétiennes”, coleção de textos da literatura cristã. A partir de 1950, apareceram seus estudos sobre patrística e teolo­gia medieval, História e espírito, que reabilita Orígenes e põe em destaque o que significou sua doutrina no pensamento da Igreja. A partir de 1959, apareceram os quatro grossos volumes de

Exegese medieval.

Como todos os grandes teólogos da época, Henri de Lubac foi objeto, durante algum tempo, de crítica e suspeita por seu livro O sobrenatural. Neste livro denuncia a noção escolástica de “na­tureza pura” e desenvolve a idéia de uma conti­nuidade da natureza e da graça no ser.

Outra das grandes incursões de Lubac foi o pensamento moderno em estudos sobre Proudhon, Blondel, o budismo japonês e temas relaciona­dos com o ateísmo. Mas sem dúvida o trabalho mais importante é dar a conhecer e reabilitar a obra de *Teilhard de Chardin, e seu apoio e parti­cipação no Concílio *Vaticano II. Seu humanismo é concebido e expresso numa perspectiva cristã e transcendente: “o humanismo exclusivo é um humanismo inumano”, dirá. Seu comentário à constituição conciliar sobre a divina revelação — Deus se lê na história (1974) — é um exemplo deste humanismo transcendente.

BIBLIOGRAFIA: Obras: O drama do humanismo ateu; Diálogo sobre el Vaticano II (BAC popular); La teología en el siglo XX (BAC maior), 3 vols. 

 

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