História da Igreja

Leão I, Papa, São (+461)

Conhecido na história como “São Leão Mag-no”, foi papa de 440 a 461. É o expoente do pon­tificado romano por sua defesa da ortodoxia e manutenção da unidade da Igreja do Ocidente sob a supremacia papal. Uma terceira qualidade res­salta neste papa: seu valor. Em 452 enfrentou-se pessoalmente com Átila, persuadindo-o a retirar­se e não atacar Roma. Em 456, no ataque dos vân­dalos a Roma, evitou também a destruição e a matança.

A supressão da heresia de Êutiques foi sua primeira e principal tarefa. E o fez não apenas condenando a heresia, mas também formulando a doutrina ortodoxa. Em sua Epístola dogmática a Flaviano (Tomo a Flaviano, 449) condenam-se os erros de *Nestório e de Êutiques. Ao mesmo tempo se define de uma maneira precisa e siste­mática a doutrina cristológica sobre a dupla natu­reza de Cristo numa única pessoa. Êutiques de­fendia uma só natureza divina em Cristo, pois sua natureza humana havia sido absorvida pela natu­reza divina. O Concílio de Calcedônia (451), con­vocado para condenar o eutiquianismo, aceitou a doutrina do Papa Leão como a verdade definiti­va. Ao mesmo tempo reconheceu, em sua doutri­na, “a voz de Pedro”.

A doutrina sobre o “primado romano” deve a São Leão seu primeiro e principal defensor. Em suas 432 Cartas e 96 Sermões expressa e define sua doutrina sobre a primazia do papa na jurisdi­ção da Igreja. Sustenta que o poder do papa foi concedido por Cristo somente a *Pedro, e que esse poder passou de Pedro a seus sucessores. Assim adverte o bispo de Tessalônica, dizendo-lhe que, “embora lhe tenham confiado o ofício e compar­tilhasse a solicitude do próprio Leão, não possuía a plenitude de poder”. Isto significa que o papa, como herdeiro de São Pedro, herdou toda a auto­ridade dada por Cristo a Pedro (Mt 16,18-19). Assim, o papa é “algo mais que primus inter pa­res”. A autoridade dos bispos vem do papa, que tem a responsabilidade de governar a Igreja.

Apesar de tais afirmações, todos viram nele um homem de governo, prático e responsável. Longe da cultura e do talento de Santo *Ambrósio e de Santo *Agostinho, São Leão aparece como

o exemplo do gênio romano, artífice da unidade e da disciplina na Igreja. A ele se deve o primeiro missal, conhecido mais tarde como Sacramentário Leonino. Foi declarado doutor da Igreja, em 1754, por Bento XIV. 

 

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