História da Igreja

Gerson, João (1363-1429)

Jean Charlier de Gerson, estudante e doutor em teologia pela Universidade de Paris, chegou a ser seu chanceler em 1391. Empreendeu uma grande atividade como homem de Igreja para pôr fim ao grande Cisma do Ocidente. Em 1415 par­ticipou como teólogo no Concílio de Constância, onde defendeu a superioridade do *Concílio so­bre o papa. Pediu, mesmo assim, que os teólogos tivessem voz no Concílio junto aos bispos. To­mou parte na redação dos chamados “Quatro Ar­tigos” de Constância. Sua denúncia sobre as pro­posições de J. Petit a favor do tiranicídio vale­ram-lhe o ódio do duque de Burgúndia, pelo que não pôde voltar a França até 1419.

Além de suas idéias teológicas sobre a “teoria conciliar”, mas sem rechaçar a primazia do papa, Gerson continuou o nominalismo radical de *Ockham: nada é objetivamente bom ou mau. A bondade ou maldade dos atos depende exclusi­vamente da vontade de Deus. À doutrina tomista da graça contrapôs a nova corrente nominalista baseada na doutrina mística agostiniana. Dentre sua imensa produção literária, teológica e espiri­tual, destacam suas Considerationes de theologia mystica speculativa; De theologia mystica practica; De perfectione cordis e Consolatio theologiae.

A influência de Gerson, tanto na teologia quan­to na vida espiritual e mística, foi enorme ao lon­go dos séculos XV-XVI.

BIBLIOGRAFIA: Opera omnia. Amberes 1706, 5 vols.; Oeuvres complètes. Ed. de P. Glorieux, 1960-1973, 10 vols.;

J. B. Schawab, J. Gerson, 1958. 

 

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