História da Igreja

Eusébio de Cesaréia (265-340)

Nasceu em Cesaréia da Palestina. Foi nomea­do bispo desta mesma cidade em 313, onde mor­reu. Eusébio é um dos personagens chaves da his­tória eclesiástica de seu tempo e tem um lugar reconhecido como historiador da Igreja. De fato, sua vida está intimamente ligada às lutas trinitárias do séc. IV, ao arianismo e à figura do imperador Constantino, de quem foi biógrafo e amigo.

Antes de mais nada, Eusébio é conhecido por sua História eclesiástica, um riquíssimo arquivo de dados, documentos e extratos de obras de toda classe, desde a primeira época da Igreja até o ano

324. Diz-se que sua História eclesiástica é para a Igreja dos primeiros séculos o mesmo que os Atos dos Apóstolos foram para as comunidades cris­tãs. Embora esse livro lhe tenha valido o título de “pai da história eclesiástica”, a historiografia de hoje não lhe perdoa o caráter apologético que Eusébio dá a sua obra, seu tratamento inadequa­do à heresia e sua quase total ignorância ou omis­são de tudo que era relativo à Igreja Ocidental. Como historiador tem também outro livro intitulado Histórias diversas e a Vida de Constantino, panegírico que, além de importan­tes dados históricos, demonstra uma admiração e uma exaltação exagerada pelo papel e missão excepcionais deste imperador.

Além das obras históricas, Eusébio escreveu obras dogmáticas: Contra Marcelo e Sobre a te­ologia eclesiástica, na qual surge uma tendência acentuada para o arianismo, defendendo a não identidade de natureza entre o Pai e o Logos.

Seu livro apologético mais importante é a Pre­paração evangélica, em 20 livros, dos quais res-tam apenas 10. Servindo-se da rica biblioteca de Cesaréia, que herdou de seu mestre Pânfilo, acumulou um vastíssimo material de extratos de escritos gregos, cujos originais se perderam. Essa obra é regida pelos seguintes princípios:

 

�.                 Platão é considerado como um profeta ou como um Moisés ático. Platão e Moisés combi­nam e têm as mesmas idéias.

�.                A verdade foi revelada pelo cristianismo, verdadeira e definitiva filosofia. No cristianismo, não só os homens são filósofos, também o são as mulheres, os ricos e os pobres, os escravos e os senhores.

 

Como se vê, é a mesma convicção que havia animado *Justino, *Clemente, *Orígenes e, em geral, os padres alexandrinos.

BIBLIOGRAFIA: Historia eclesiástica de Eusebio de Cesarea. Ed. bilíngüe por A. Velasco (BAC), 2 vols.

 

CONTRIBUIÇÃO COM O SITE
 
marcio ruben
pix 01033750743 cpf
bradesco

Examinais as Escrituras!

FILOSOFIA