História da Igreja

Biel, Gabriel (1420-1495)

Teólogo alemão nascido em Spira. Passou pela Universidades de Heidelberg, Erfurt e Colônia, onde conheceu a “via antiga” do tomismo e a “via moderna” de Guilherme de Ockham, de quem foi um aferrado seguidor. Em 1460 iniciou a partici­pação nos Irmãos da vida comum, entre os quais se distinguiu por seu estudo e piedade. Sua espiritualidade é uma mescla de Devotio Moder­na e de misticismo ilustrado, bem longe do anti­intelectualismo de T. De Kempis. Posteriormen­te (1484) ensinou teologia na nova Universidade de Tubinga, onde foi designado reitor durante o período de 1485-1489.

Biel incorpora em seus Comentários às Sen­tenças as idéias de G. de Ockham. Juntamente com Bradwardine e Wiclef, foi o inspirador de Lutero no tema da graça. Deus estabeleceu um pacto de generosidade com o pecador que faz o que pode para sair do pecado. Deus promete o prêmio de sua graça a esse pecador. E ao mesmo tempo há um pacto de justiça, pelo qual Deus re­conhece como justos aqueles que, com sua graça, realizam boas obras. Mas Deus não é obrigado a nenhum desses pactos, que nascem da livre e gra­tuita escolha de Deus. Afirma pois, Biel, que a salvação se realiza pelas obras e pela graça. Uma graça à qual Deus não está obrigado, mas que tor­na possíveis as obras de salvação. Tudo, pois, começa e termina com a ação gratuita de Deus.

É interessante relembrar dois princípios de Biel sobre moral econômica: 1) O “preço justo vem determinado mais pela lei da oferta e da deman­da que pelos princípios teológicos. 2) O merca­dor é um membro útil da sociedade.

BIBLIOGRAFIA: Christian Thought. Lion, Londres 1984; Louis Bouyer, Histoire de la Spiritualité chrétienne. Paris 1961-1966, 4 vols. 

 

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